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terça-feira, 4 de outubro de 2016

Em guerra: Igreja cristã na Colômbia ainda é perseguida

Os cristãos colombianos ainda teem que lutar contra grupos criminosos que hostilizam a igreja em todo o país
Os cristãos colombianos ainda têm que lutar contra grupos criminosos que hostilizam a igreja em todo o país
Em meio as tentativas de selar a paz, entre o governo colombiano e os líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), a guerra entre rebeldes e contra a população e os cristãos continua. Quando os conflitos começaram com os rebeldes marxistas, há cerca de cinquenta anos, houve uma mistura entre a violência contra o governo e a atuação dos narcotraficantes, violando inúmeras vezes os direitos humanos. O resultado foi a morte de milhares de pessoas e outros milhões de deslocados.

No meio desse fogo cruzado, a igreja de Cristo sente na pele as consequências, sendo um dos alvos dos militantes que sempre a enxergaram como uma “pedra no caminho”. O motivo? Os cristãos recuperam a vida dos jovens que se envolvem no mundo das drogas e lutam para preservar as famílias. Outra questão, é que os jovens são vistos como “futuros clientes” pelos traficantes.
Um dos colaboradores da Portas Abertas atuante na Colômbia questiona se a atual negociação fará com que os membros das FARC desistam de seus “negócios” extremamente lucrativos. Sem contar que existem outros grupos criminosos que continuam a operar no país.
A guerra contra os cristãos
Apesar da tentativa de se buscar a paz, a igreja na Colômbia continua em guerra. Segunda informações da Portas Abertas, há muitos líderes comunitários e defensores dos direitos humanos sendo tratados com hostilidade e até sendo intimidados por defenderem grupos cristãos e suas práticas evangelísticas.
Uma das formas de perseguição começa com uma oferta de benefícios econômicos, em troca de participação em atos de corrupção. Muitos criminosos enxergam as organizações cristãs como o local perfeito para lavagem de dinheiro. Quando os líderes se recusam, o que acontece na maioria das vezes, os traficantes os intimidam com ameaças e agressões físicas.
Norberto Duran*, um líder colombiano, compartilhou uma de suas experiências: “Há alguns meses, um caminhão parou perto de mim, e os homens me forçaram a ir com eles para uma área rural. Chegando lá, me ofereceram 200 milhões de pesos (cerca de 65 mil dólares) para lavar dinheiro para eles. Quando me recusei, eles me bateram com uma arma, quebrando um dos meus dentes”, disse.
Grupos criminosos agem em todas as partes
"De acordo com as antigas tradições, eu cometi a pior das ofensas, me tornando um cristão; mas eu não vou negar a minha fé em Cristo, pois agora a minha coragem vem do Senhor", testemunha ex-perseguidor de cristãos
“De acordo com as antigas tradições, eu cometi a pior das ofensas, me tornando um cristão; mas eu não vou negar a minha fé em Cristo, pois agora a minha coragem vem do Senhor”, testemunha ex-perseguidor de cristãos
Mas a violência não se limita às áreas rurais. Ainda segundo a Portas Abertas, muitas cidades colombianas experimentam a presença de gangues criminosas, que recrutam crianças e jovens, tanto para atuar entre eles, quanto para a prostituição.
Numa cidade costeira, o líder cristão Ventura* já recebeu seis ameaças de morte. “A mais recente foi quando um criminoso chamado Costilla entrou na igreja, no meio de um culto. Ele me ameaçou aos gritos e palavrões. Enquanto isso, todos os fieis permaneceram em silêncio, e orando pela minha vida. Ele foi embora sem fazer nada, mas todos sabem que ele quer me matar”, revela.
Numa região indígena do Norte da Colômbia, a Portas Abertas já registrou vários incidentes contra cristãos. Só entre os meses de abril e junho, houve 25 incidentes envolvendo Lustenio Rios*, um líder indígena que perseguiu os cristãos da região por mais de 30 anos. Há dois anos ele se converteu ao cristianismo e agora enfrenta a perseguição na própria pele.
“Eu preciso me esconder o tempo todo dos meus ex-amigos, pois sei que se eles me encontrarem, vão me matar. De acordo com as antigas tradições, eu cometi a pior das ofensas, me tornando um cristão. Mas eu não vou negar a minha fé em Cristo, pois agora a minha coragem vem do Senhor”, testemunha Lustenio.
A Colômbia ocupa o 46º lugar na atual Classificação da Perseguição Religiosa, onde a igreja continua crescendo na fé, apesar da situação atual. Ore por essa nação.
* Nomes alterados por motivos de segurança.



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