Bancada evangélica quer derrubar reconhecimento da Associação de Travestis

Em 2008 foi apresentado pelo vereador Athayde Nery, um projeto para reconhecer a Associação de Travestis de Mato Grosso do Sul como um grupo de utilidade pública. Em vista disto a bancada evangélica da Câmara de Campo Grande esta travando um embate difícil para evitar que o projeto seja aprovado.

O projeto que havia sido esquecido em 2008 foi retomado agora pela vereadora Luiza Ribeiro (PPS). “Ninguém está trocando de religião ou algo assim. Não adianta levar para outro caminho. Acredito que não teremos dificuldade [de aprovar]”, explica a vereadora.

A associação que já tem apoio do Governo Federal se for reconhecida como de utilidade pública, a associação irá ter direitos de fazer convênios e conseguir recursos públicos da Prefeitura de Campo Grande.

Alceu Bueno (PSL), é um dos líderes que esta fazendo de tudo para impedir a aprovação do projeto. “Sou contra o ativismo. Não tem nada a ver com homossexuais, que eu tenho um grande carinho. Vou fazer de tudo para que o projeto não seja aprovado. São meus princípios e minha fé que fazem com que eu lute contra. Não fico em cima do muro e sou radicalmente contra”, explica ele.

Elizeu Dionízio (PSL) é mais um que esta contra o projeto, ele disse que: “Sou evangélico da Assembleia de Deus Missões. Este projeto vai de encontro aos princípios e vou me posicionar de acordo com que a igreja passa. Vamos ter grandes embates lá dentro e terão dificuldade sim para aprovar o projeto”.

Flávio César (PCdoB) também votará contra a aprovação deste projeto em questão. “Nada contra as pessoas que têm esta opção sexual. Não é este o fator. Isso é problema pessoal de cada um. Mas, é um projeto que vem na contramão do que tenho como princípio. Por este fator sou totalmente contra este projeto”, disse Flávio.