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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O cristão pode adotar métodos anticoncepcionais?

O cristão pode adotar métodos anticoncepcionais?

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Imagine o mundo sem a presença de crianças! Quando Karen nasceu a alegria de ter um bebê em minha casa contagiou a família. Mas não posso ignorar as responsabilidades implícitas nesta chegada. Educação, saúde, boa alimentação, atenção, carinho e todo cuidado que um ser humano exige. Meu bebê cresceu, hoje é uma moça linda – a cara do pai. Mas não fiquei só na Karen, hoje ainda educo, alimento, dou atenção, carinho e todo cuidado as minhas duas bebês: Kety e Kamylle. Fechei a fábrica – diga-se de passagem.
Em países como a China as medidas restritivas com relação a concepção está em motivos indiscutíveis: a população cresceu tanto que o espaço territorial e o desenvolvimento socioeconômico não foram suficientes para comportar tamanho número populacional. Com isso a falta de alimento e a dificuldade em manter uma infraestrutura digna a um ser humano forçaram as restrições – ou, no caso, ao controle da natalidade.
O mandamento de Deus antes da queda do homem no Jardim do Éden foi: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a” (Gn 1.28). Para alguns incautos isso já é motivo suficiente para se opor a qualquer método ou tipo de limitação de filhos por um casal cristão. Claro, que também existem os liberais, que defendem até mesmo o aborto quando diz respeito ao planejamento familiar. Um triste exagero.
Mas o que a Bíblia diz sobre este assunto? Ou, se não é clara ao abordar o tema, o que podemos aprender com os exemplos na Palavra de Deus? Sabemos que no Antigo Testamento ter filhos, principalmente filhos homens, era uma bênção para a família. Quanto maior a família melhor. Mas encontramos diversos personagens que não podiam ter filhos, como o patriarca Abraão (Gn 11.30), Ana mãe de Samuel (1 Sm 1.2), etc. Uma mulher estéril naqueles tempos era sinônimo de vergonha. Os filhos eram considerados presentes de Deus, tesouros divinos e simbolizavam a prosperidade de Deus sobre a vida do indivíduo.
No Novo Testamento as coisas não mudaram, aqueles que não podiam ter filhos sentiam-se frustrados. Como Zacarias esposo de Isabel, não tinha filhos, pois sua mulher era estéril (Lc 1.14). E Jesus enaltecia a presença infantil: “Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim os pequeninos” (Lc 18:16).
E tanto no Novo quanto no Antigo Testamentos houve um controle forçado de natalidade. No Antigo, Faraó, após a morte de José decretou um controle para que não nascessem filhos homens entre o povo de Israel (Ex 1.15,16), mas Deus interviu. Da mesma forma no Novo Testamento (Mt 2.18), quando Herodes tentou matar o menino Jesus. Mas o anjo apareceu mandando José se retirar com o menino (Mt 2.13).
Quanto ao planejamento familiar não há referências expressivas na Bíblia. Mas se os filhos são bênçãos para o lar e herança do Senhor, a irresponsabilidade, sub-nutrição, mal-educação, e o mal-cuidado pode desagradar ao Senhor. O casal deve estar preparado emocionalmente, fisicamente, financeiramente e espiritualmente para gerar um filho. O cristão deve buscar a direção de Deus e se preparar para, ao receber a dádiva da bênção conjugal de gerar uma vida, conseguir dar os cuidados necessários para manter esta vida de forma digna. Boa alimentação para desenvolvimento do novo ser, cuidados com a saúde para não desenvolver deficiências, subnutrição, boa educação para não criar uma pessoa prejudicada em relação aos demais indivíduos, são algumas das responsabilidades implícitas.
A paternidade deve ser exercida com responsabilidade  isso agrada a Deus. Não esqueça que “tudo tem seu tempo determinado” (Ec 3.1), desta forma o planejamento e o controle deve ser acompanhado de oração.
É moralmente justificável a limitação de filhos por questões socioeconômicas  por saúde da mãe e por planejamento familiar, mas a vaidade é pecado. Evitar ter filhos por questões falaciosas, como evitar filhos para não perder a juventude, ou, para não perder o porte físico, a esbelteza, porque a vida está difícil, para não ter trabalho, porque não acha justo ter filhos em uma sociedade com tantos problemas, são argumentos injustificáveis e que trazem um grande perigo de pecar contra a vontade permissiva de Deus.
Quanto a abstenção sexual, a Bíblia permite, para que se dediquem melhor à oração, “por mútuo consentimento”, num período de tempo (1 Co 7.4,5).

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