Manifestantes entram em confronto em Hong Kong
Grupo que apoia Pequim atacou estudantes pró-democráticos
Um dia após os líderes estudantis de Hong Kong aceitarem a oferta de diálogo do governo, novos confrontos foram registrados no território que pertence à China.
No bairro de Mongkok, grupos pró-Pequim destruíram banners e faixas e entraram em confronto com os jovens estudantes nesta sexta-feira (3).
Um grupo contrário às reivindicações estudantis, identificado como Anti-Occupy Central, atacaram as sedes e os manifestos dos jovens. O tumulto ganhou grandes proporções e deixou dezenas de feridos.
Muitos estudantes foram insultados, chutados e atacados com garrafas e objetos, enquanto a polícia parecia incapaz de conter a confusão. Segundo testemunhas, a maioria dos opositores aos estudantes falava mandarim.
O incidente foi o primeiro confronto direto envolvendo manifestantes pró-democráticos e grupos políticos que apóiam o governo chinês.
Ontem, os líderes estudantis concordaram em negociar com as autoridades de Hong Kong, mas ainda pedem a renúncia do chefe de governo, Leung Chun-ying.
Há seis dias, os estudantes saem às ruas de Hong Kong para reivindicar mais autonomia nas eleições de 2017, como a liberdade de candidaturas. A China tinha prometido que daria abertura nas próximas eleições a Hong Kong, mas recentemente voltou atrás.
Atualmente, todos os candidatos são escolhidos por Pequim. A manifestação em Hong Kong é considerada uma das mais fortes nos últimos anos contra o governo chinês. Em vários países, pessoas fizeram passeatas em apoio aos opositores.
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